Solidários na dor

Dom Maixent Coly repousa a partir deste 1º de Setembro 2010, na Catedral de Santo António de Pádua de Zinguinchor, Senegal.
A missa das exéquias foi presidida pelo presidente da Conferencia episcopal, dom Jean Noel Diouf, bispo de Tambacouda na presença de vários bispos. O presidente da Conferencia episcopal de Burquina-Faso juntou-se a solidariedade. Na ocasião, o Núncio Apostólico Dom Luis Mariano fez presente a mensagem do Vaticano para a Igreja Particular de Zinguenchor. As dioceses da Guiné - Bissau fizeram representar com uma delegação de 9 padres e os seus dois bispos, dom Pedro Zilli e dom José Camnate. A igreja católica na Guiné-Bissau é grata a Diocese de Zinguinhor, pelo apoio na formação dos padres, muito antes de lançarem bases para existência dos seminários em Bissau.
A morte de dom Maixent Coly, ocorreu no dia 24 de Agosto de 2010,na sequência de uma prolongada doença que padecia.

Missionários terminam curso de integração

Os novos missionários à Guine – Bissau terminaram esta sexta feira, 27 de Agosto, o curso de integração missionária que teve inicio a 2 de Agosto de 2010. Os participantes em número de 20 provenientes de 13 nacionalidades diferentes foram iniciados na língua crioula e na realidade sócio -cultural da Guiné-Bissau.
A Iniciação à inculturação, pelo padre José Lambra Cá; Formas da Evangelização na Guine-Bissau; pelo Frei Domingos Imbunde; a Situação Politico - Social na Guiné-Bissau, pelo Fafali Kudawo, entre outros, ocuparam as tardes de trabalho.
O acto de encerramento foi marcado pela eucaristia em que participaram os dois bispos da Guine – Bissau. Sob a presidência de Dom José Câmnate, dom Pedro Zilli dirigiu palavra aos participantes e lembrou aos missionários o bispo de Zinguenchor, Dom Maixent Coly, falecido, depois de prolongada doença. Dom Pedro reflectiu com os novos missionários que se sentissem enviados, buscando partilhar nas comunidades mais que coisas, presença nas comunidades.

Jovens fazem férias com enxada

A experiência reuniu 47 antigos alunos da Escola de Francisco da Floresta num campo de férias, na comunidade de Francisco de Floresta, nos dias 2 a 14 de Agosto,
jovens provenientes de vários pontos de Guine – Bissau, animados pelo lema: “Pegar a enxada para desenvolvimento na Guiné-Bissau", semearam 5mil plantas de mandioca e 2 Kg de Feijão.
Durante 12 dias de trabalho, de amizade, de formação e de encontro com uma realidade um pouco diferente daquela que estão acostumados jovens viveram dias diferesntes. As mãos ficaram marcadas com os sinais do trabalho, mas os corações levaram sinais de muita lembrança de amizades e das muitas experiências compartilhadas, testemunharam os participantes.
Na comunidade de São Francisco de Floresta tudo estava à disposição dos campistas. “Mas o que mais nos fez contentes foi o acolhimento e a disponibilidade do pessoal do Centro. Todos se mostraram disponível conosco, todos ficaram disponível com as nossas necessidades, todos, também as mulheres e os professores, trabalharam conosco, mesmo sem saber da colheita, o contentamento destes dias nos convida a continuar neste caminho de proposta de desenvolvimento dos jovens guineenses a partir da enxada, como forma de resgatar valores da terra”.

Padre Lucio Brentegani
Comissão dos jovens e adolescentes da diocese de Bafatà

formação de jornalistas aproxima católicos e muçulmanos

Um bispo católico e um Iman muçulmano encerraram nesta sexta-feira, dia 21 Agosto 2010 a sessão de formação de 30 jornalistas de duas rádios: Emissora Muçulmana, Rádio Escola Corânica, RECOM, e Sol Mansi, Emissora Católica da Guine – Bissau, na localidade Masoa. Numa iniciativa do diálogo inter-religioso, ao serviço da Comunicação Social, na Guine - Bissau, o Iman Muçulmano, Aladje Abubacar Djalo, da mesquita de Mansoa e o Bispo Católico da Diocese da Guine-Bissau falaram da comunhão das religiões ao serviço da paz, na Guine - Bissau.
A formação teve a duração de duas semanas e foi orientada por António Pacheco, da instituição portuguesa Pro Digninitate, com a ajuda da Cáritas Alemã. Os jornalistas foram capacitados em técnicas de pesquisa e produção jornalística ao serviço da reconciliação e da Paz. No fim dos trabalhos, o responsável disse que as eleições autárquicas anunciadas para Guine - Bissau, bem como, a possível presença no país de militares estrangeiros exige do jornalista maior articulação. Para Antonio Pacheco, os jornalistas devem estar atentos para que os direitos humanos não sejam ignorados e a paz seja sempre um fruto da justiça. Na ocasião, o Iman muçulmano, Aladje Abubacar Djalo elogiou a iniciativa de aproximação das duas rádios e defendeu esperar que a Guine-Bissau seja para o mundo um exemplo de diálogo entre religiões. Para o responsável religioso, a unidade entre confissões é força de esperança de paz na Guine-Bissau que não pode ser esquecida.
Rádio Escola Corânica é única estação de rádio Islâmica na Guine-Bissau com estúdios em Massoa e a Sol Mansi, emissora católica, é também é a única em todo país, tendo iniciado a sua caminha de difusão, em Mansoa. O diálogo e a colaboração entre os profissionais, o intercambio de programas e em várias outras iniciativas, no contexto do diálogo entre as confissões são apontados entre os ouvintes como um testemunho eficaz da credibilidade dos Meios de Comunicação no interesse pela paz e harmonia social, bem como a convivência inter étnica.

Mulher acusada de feiticeira primeira a morrer como cristã em Bigene na Guiné-Bissau

A história é contada por quase todos os moradores, um facto que virou lenda na solidariedade comunitária. Tudo aconteceu em meados de 1995, na aldeia de Kisir nos arredores de Bigene, na Guiné-Bissau, uma senhora idosa que se chamava Nha Rosa nos seus 80 anos de idade foi deixada ao relento pelos seus familiares mais próximos: filhos e netos que acreditavam que ela era causa da desgraça da família. Sem saber o que fazer abrigou-se debaixo de uma mangueira com os seus haveres, até que um dia foi encontrada pelas religiosas que por aí passavam para a catequese às aldeias vizinhas, vindas de Bigene.
Depois de terem pensado no que fazer, as madres abordaram a comunidade,em Bigene onde moravam, buscando solidariedade dos fiéis. Medo e pânico entre os cristãos, parecia difícil que se conseguisse alguém para a receber. Assumindo as consequências Dona Domingas, aparentemente mais nova que ela acolheu-a em sua casa. “Foi difícil”, confessou ela. “As pessoas que eram amigas deixaram de ser amigas, não me cumprimentavam, mas graças a Deus nos unimos como família na igreja, porque os que pensavam que eu também era feiticeira, foram vencidos”, desabafou.
Durante todo o tempo que hospedeu a Nha Rosa, Domingas foi vítima do preconceito até que a sua hóspede partiu para a casa do Pai. Eram 4 anos passados, Nha Rosa baptizou-se, vindo a professar a fé cristã. No dia da sua morte recebeu o velório cristão e é a primeira católica enterrada no cemitério cristã negra, depois dos primeiros portugueses enterrada no cemitério católico. No dia dos finados, recebe a oração da comunidade em Bigene.

Pequenas Comunidades Esperança da Igreja

A experiencia de Pequenas Comunidades foram indicadas, como lugares de esperança para a Igreja de Guine -Bissau, defendeu Dom José Camnate, no curso de integração missionária que decorre em Bissau desde de 2 a 27 de Agosto.
O bispo que falava da organização eclesiástica das dioceses da Guiné-Bissau disse não haver modelo de sociedade nos políticos do país, que inspire confiança ao povo. A igreja nas comunidades é o único que restou de valor. Por isso, “A nossa responsabilidade é grande”, rematou. Para dom José, as Pequenas Comunidades têm o ponto de partida na família, entre os casais cristãos e se constituem à luz da experiencia do testemunho entre os fiéis na mesma moradia (bairro, apartamento). A oração comunitária e a partilha da palavra iluminam os problemas e faz com que as pessoas na vizinhança tenha percebem a presença de Deus que não lhes abandona, apesar das dificuldades. Nas Paróquias e Missões é preciso, pediu o bispo, encorajar a experiencia que é o fundamento do modelo “Igreja Família de Deus”.
As pequenas comunidades foram propostas na Assembleia Diocesana de Pastoral de 1996 e de 2001, associada a Pastoral Familiar. Hoje, n contexto de maioria não católica como é o caso na Guine -Bissau e em acessão no meio urbano, entre os mais jovens o testemunho de pessoas que professam nos lugares de moradia é fundamental, porém exige um cuidado pastoral dobrado de acompanhamento.

Gambiel ganha posto de saúde

A Tabanca de Gambiel, Sector de Bambadinca, na Guine-Bissau, recebeu na manhã de quarta-feira, dia 11 de Agosto, uma unidade sanitária de base. A localidade que conta com uma população de 2 mil habitantes estava em festa com a inauguração.
O posto de saúde recebeu o nome de “Hugo e Jego”, italianos falecidos em acidentes rodoviários, no Sul da Itália. As obras são fruto da movimentação dos familiares e amigos dos dois jovens, suas comunidades, seus municípios, jovens, famílias, crianças para apoiar a comunidade de Gambiel na saúde de base.
O acto da inauguração contou com a presença de familiares e amigos dos Italianos falecidos, os missionários do P.I.M.E, padre Alberto Zamberletti e padre. Giuseppe Buono. A cerimónia foi marcada por um momento de oração inter-religioso entre muçulmanos, católicos e evangélicos. Dom Pedro Zilli na ocasião convidou a todos a pensar no gesto dos irmãos italianos que, em honra de seus entes queridos, pensaram no bem de irmãos que nem sequer conheciam. Agradeceu o Ministério da Saúde, os familiares e amigos de Hugo e Jego e a população local. Agradeceu também a equipe missionária de de Bambadinca, o padre e as Irmãs, pelo modo corajoso e convicto com que acompanharam as obras.
Ao lado da Unidade de Saúde foi perfurado um poço que levou o nome de padre Giuseppe Buono que enviou a ajuda para a empreitada, pois segundo suas palavras “não se pode pensar num ambiente onde se cuida da saúde, sem água”.

Diocese publica Balafon

A diocese de Bafata lança a primeira edição informativa do ano, conhecida com o nome de Balafon. A publicação é uma colectânea de acontecimentos que marcaram a caminhada da comunidade cristã em Bafata.
Na nota introdutória, o bispo recorda o valor da comunicação para comunhão eclesial, salientando que a iniciativa é um esforço da vivencia concreta da Igreja Família de Deus.
Balafon é um nome de um instrumento musical na Guine-Bissau, usado para celebrar eventos comunitários tomou o nome da publicação pelo seu valor cultural de reunir e reforçar a comunhão entre pessoas
O documento é distribuído a todas as paróquias e missões e se pode ler também no Site oficial das dioceses da Guine-Bissau www.diocese.gbissau.org.

Integração relança partilha das nacionalidades na missão

Missionários de 13 nacionalidades partilham, desde o dia 2 a 27 de Agosto, a proposta de integração missionária das dioceses da Guiné – Bissau. Os 22 participantes, leigos e religiosos, além da língua, têm temas relacionados com os desafios da evangelização no país.
Até ao momento, ouviram entre outras pessoas padre Alberto Zamberletti, missionário do PIME que visita o país, como conselheiro geral e o bispo de Bafata dom Pedro Zilli. O padre do PIME, depois de ter trabalhado na Guiné mais de 30 anos, apresentou o delicado caminho do diálogo inter-religioso e inter - étnico na Guiné-Bissau. Zamberletti defendeu a necessidade de uma permanente vigilância da parte do missionário em relação aos valores do outro a quem se vai. “Não podemos ignorar que os outros também são pessoas.” Tendo trabalhado no meio, onde no começo não havia comunidades cristã, e hoje com presença de comunidade cristãs, lembrou a relação frutuosa com a comunidade muçulmana e o sentido solidário do cristianismo como um factor decisivo na evangelização.
Dom Pedro, por sua vez, partilhou sua experiencia de 25 anos de Guiné, como padre e como bispo, bem como a riqueza da partilha missionária entre várias origens missionárias. Porém,indicou que a missão não é um fazer, mas sim um estar ser com os outros. “Talvez as pessoas precisem mais de quem possa estar ao lado delas e ser cristão com eles”.
Segundo o programa a situação político – social é também abordada, por especialistas, com atenção ao momento actual político-militar.

Homilia do bispo de Bissau na oração pela paz na Guiné, em Fátima-Portugal

Caros membros das comunidades africanas e demais irmãos na fé,
Viemos em peregrinação a este Santuário para rezarmos pelo nosso continente, formulada na prece «Santa Maria Mãe de Deus, rogai pelo continente Africano!».
Com efeito, reunidos pela fé e solidários com todos os nossos conterrâneos, temos muitas razões para elevarmos a nossa prece até Deus, por intermédio da Virgem Santa Maria, que, neste local sagrado, há quase um século, nos pediu oração e penitência.
Nascemos no continente africano, ou somos descendentes dos que lá nasceram. Amamos a nossa identidade e os nossos países. Orgulhamo-nos das nossas raízes e das tradições que os nossos antepassados nos legaram. Sabemos, porém, das dificuldades que temos de ultrapassar para nos inserirmos no mundo de hoje, onde sejamos respeitados na nossa dignidade e nos apresentemos como construtores de uma sociedade justa, harmoniosa e pacífica. São muitos os desafios que temos pela frente. Temos de eliminar a guerra, o tribalismo, o subdesenvolvimento, a doença, a sida, a fome, a pobreza, a corrupção, a expansão da droga, a exploração de que somos vítimas no plano económico. Permiti-me que, neste momento, eu ponha em destaque a necessidade da paz. Sem ela não conseguiremos ultrapassar muitos dos graves problemas que nos afectam, sejam no campo social, económico ou político. Como cristãos trata-se de um imperativo incontornável. Desejamos a paz e Cristo é a nossa força para nos empenharmos neste combate.
Hoje, viemos em peregrinação até à terra sagrada de Fátima, pedir a Deus por intercessão de Nossa Senhora Mãe de Deus e nossa Mãe, o dom da Paz completa para o nosso continente e para cada um dos nossos países. Aqui estamos agora a celebrar a Eucaristia e a receber em nosso coração os frutos da paixão e morte de Jesus por todos os pecados do mundo, inclusive os nossos e os dos nossos conterrâneos. A Eucaristia recorda-nos que “não há maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos” (Jo 15,13). Jesus Cristo fez isso ontem por todos nós e convida-nos hoje a fazermos o mesmo nas circunstâncias variadas e com as pessoas concretas com quem nos relacionamos. No ambiente sagrado de Fátima, somos hoje desafiados a ter coragem de “gastar nossas vidas” (Lc 9,24) para que nossos conterrâneos possam também “ter vida e vida em abundância” (Jo 10,10).
Da Palavra de Deus, que acabámos de escutar, eu gostaria de destacar neste momento dois pensamentos importantes para a Paz em nossas famílias e nos nossos países. Esses pensamentos são tirados das duas leituras que escolhemos para esta Missa votiva em favor da paz em África.
1.A paz é o fruto da Sabedoria e da Justiça (Tg 3, 13-18):
Na primeira leitura, o apóstolo S.Tiago nos garante que a paz não se consegue com um coração cheio de invejas ou de discussões violentas ou facciosas, mas sim com um coração de misericórdia, de imparcialidade, de diálogo, de compreensão pelas ideias e pelos defeitos dos outros e de obras concretas de caridade para com o próximo. Quem pratica estas acções é verdadeiramente sábio e justo aos olhos de Deus e é um verdadeiro instrumento de paz no ambiente em que vive.
É desta paz que necessitamos em África, nomeadamente na Guiné-Bissau, país onde nasci, tenho vivido e assumi a responsabilidade de uma Diocese. Os esforços de todos os guineenses vão para além do esforço de se evitar mais uma guerra civil, tão cruel e decepcionante como a de 1998/99, pois eles devem centrar-se na capacidade de vivermos como verdadeiros irmãos na pátria comum, onde o diálogo sincero e o trabalho honesto ainda são possíveis e serão mesmo a única maneira para podermos ultrapassar os problemas que nos afligem. Vivermos como gente que acredita muito mais nos valores da sabedoria e da justiça do que nos puros jogos de política partidária, na força das armas ou no negócio enganador da droga. Mera política partidária não facilita o desenvolvimento harmonioso da sociedade; e armas e droga são factores permanentes de violência, onde os triunfadores de hoje são provavelmente as primeiras vítimas de amanhã.
2.Na vida em sociedade, o maior é aquele que serve (Lc 22, 24-27):
Na descrição de S. Lucas, também entre o grupo reduzido dos apóstolos, antes da ressurreição de Jesus, havia pretensões de liderança e de poder; imaginavam que o maior seria o que mais poder e mais força tivesse. Jesus corrigiu essa falsa visão dos discípulos mostrando-lhes, com o exemplo de sua própria vida, que a maior grandeza duma autoridade, seja ela qual for, está no empenho concreto que puser em servir o seu próximo.
É de autoridades como estas, que entendem e aceitem este caminho do serviço ao próximo, que a nossa África precisa, tanto a nível dos governos, como do exercício da actividade militar, da prática do direito e da justiça nos tribunais, da vivência real da cidadania a nível da família, da escola ou do emprego. Se todos procurarmos mais “servir do que ser servidos” (Mt 20, 28), alcançaremos a paz e de maneira mais duradoira. Não basta que critiquemos as autoridades políticas, os militares e os membros dos partidos políticos; é preciso que, naquilo que depende de nós, tenhamos a coragem e a alegria de bem servir o nosso próximo.
Caros amigos,
A terminar, eu gostava de vos recordar um ditado indiano que diz uma coisa muito simples mas também muito dinamizadora: - “um caminho, por mais longo que seja, começa sempre pelo primeiro passo”! No caminho para a verdadeira paz com justiça e desenvolvimento, estamos apenas no início da caminhada, se é que não estamos mesmo parados, como acontece em alguns países. Que cada um de nós tenha a coragem e a fé necessárias para dar um passo em frente e, assim, ajudar os nossos povos a desfrutar de uma sã convivência, que os irmane numa autêntica família, a nível dos diversos países e do nosso continente!
Nossa Senhora de Fátima, Rainha da Paz, abençoe os nossos povos e nos ajude a encontrar os caminhos da reconciliação, da justiça e da paz.
D. José Câmnate na Bissign

Jubileu pela África

Ir Romana Sacchetti celebra jubileu partilhando a idade com o amor pela África. Ir Romana é missionária Adoradora do Sangue de Cristo e tem 70 anos de idade dos quais 40 anos ao serviço do continente negro em Tanzânia e Guiné-Bissau.
“Para mim é uma alegria grande porque Deus guardou-me, embora sem nada permitiu-me realizar muitas coisas para as pessoas, a maior alegria ainda é, dos 50 anos ter os 40 de serviço pela África”, disse. Ir Romana Saccheti é italiana, natural de Sonnino fez os primeiros votos em 1959 e os votos perpétuos em 1964. Ela tinha sido indicada para o Congo na localidade de Kinsagani, porém como a missão das Adoradoras veio a fechar por causa da guerra e abriu uma nova casa em Tanzânia.
A partir da Guine – Bissau, na comunidade de Ingoré, onde a congregação está desde 1985 defende que a igreja não pode substituir o Estado muitas vezes apático diante do sofrimento do seu povo. “A igreja faz o que faz porque sente que o povo passa necessidade”. As Adoradoras são as religiosas com mais presença social nas aldeias.

Férias educativas

Comunidades realizam brincadeiras para crianças, denominada, em crioulo "Djumbai Ku mininus", uma oportunidade para proporcionar entretenimento saudável às crianças, neste mês de Agosto 2010.
Uma experiencia de partilha é feita por uma equipa de jovens italianos que, em tempo de e férias escolhe Guine -Bissau para o "Djumbai ku mininus". Depois de ter estado na capital, no ano passado, este ano desloca-se para Bidjene, no interior do país. Para Alba Mazzeo, responsável da equipa italiana à caminho de Bidjene, férias no “Djubai ku mininus”, é uma experiencia incomparável.
Segundo os responsáveis nas comunidades, o tema das brincadeiras é sempre pensado na perspectiva de uma educacação para os valores.

Igreja participa no debate sobre a paz em Lisboa

Igreja Católica da Guine -Bissau participa no concerto de Paz e Fraternidade nos dias 6 e 7 de Agosto em Lisboa, um evento que faz deslocar dom José Camante, bispo de Bissau que em nome de toda a comunidade católica vai prestar homenagem à necessidade da paz na Guine-Bissau
O evento é uma organização da Casa da Guiné – Instituição Particular de Solidariedade social, uma organização que segundo a diocese é sensível ao estado actual da Guine -Bissau. Outros líderes religiosos, como Imame Seradjo Bary, pelos muçulmanos da Guine -Bissau; e o pastor da Igreja Evangélica, José Paulo Domingos Semedo estarão presentes. Do programa consta ainda a visita ao santuário mariano de Nossa Senhora Fátima. Para dom Camnate o momento actual despensa comentários e iniciativas desse tipo devem ser encorajadas para proteger o bem maior que é a Paz, fortemente ameaçada pelas recentes movimentações no xadrez politico – militar.
A Casa da Guiné foi constituída a 9 de Setembro de 2002. Actualmente tem como Presidente o Doutor Albertino Soares Parente. A organização labora em Portugal entre os emigrantes guineenses e tem como objectivos, entre outros, contribuir para o melhor conhecimento das realidades sócio -culturais da Guiné-Bissau e para a conservação e estreitamento dos laços afectivos dos associados em relação ao País.