segunda-feira, 26 de novembro de 2012

BUBA ACOLHE LIDERES DOS GRUPOS DE JOVENS E ADOLESCENTES DO SETOR PASTORAL SUL





No seguimento do encontro de dia 27 e 28 de Outubro, em Bambadinca, foi realizado em Buba, entre os dias 23 e 25 de Novembro, mais um encontro de formação para os líderes dos grupos de jovens e adolescentes do Setor Pastoral Sul da Diocese de Bafatá.  O encontro foi promovido pela comissão diocesana da juventude, nas pessoas do Pe Avito Araújo e Frei Cesário Gomes. Estiveram presentes cerca de 35 jovens e adolescentes das paróquias e missões de Buba, Bedanda, Caboxangue, Cátio, Empada, São Francisco da Floresta e Tite.
Estes três dias serviram para o aprofundamento da carta pastoral do bispo “A Esperança não engana” e do subsídio preparado pela comissão para este ano pastoral, onde se exploram através de personagens bíblicas as três virtudes teologais: Fé, Esperança e Caridade. Aprofundaram igualmente a problemática do HIV-Sida e drogas.
No domingo, dia 25, o bispo Dom Pedro Zilli presidiu à celebração eucarística na igreja paroquial de Santa Cruz, em Buba, na Solenidade de Cristo Rei do Universo. Durante a homilia o bispo deixou as seguintes palavras de encorajamento aos jovens: “Deus escolheu um caminho bonito para vós, o caminho de Cristo que, nas palavras de Bento XVI, ‘dá tudo e não tira nada’”.
Após a celebração houve ainda um breve encontro de Dom Pedro com os jovens, que em seguida tiveram uma palestra acerca do tema da Sida. O encontro terminou com o almoço e por fim os jovens foram enviados a transmitir às suas comunidades aquilo que receberam ao longo destes três dias.

GABU: FORMAÇAO CV-AV "CORAÇAO VALENTE, ALMA VALENTE


Realizou-se em Gabú, de 23 a 25 de Novembro, uma sessão de formação dos Dirigentes e Futuros Dirigentes do CVAV, Movimento de Ação Católica para Evangelização das Crianças. Os participantes, num total de 27 valentes, eram provenientes das secções de base de Buba, Gabú, Mansoa, Bissorã, Nhoma, Farim, Nhacra e Kussak.
Durante o encontro, os futuros dirigentes aprofundaram a finalidade do Movimento, relacionando-a com a personalidade de cada um. Os dirigentes, por sua vez, trataram do tema da origem da missão da Igreja e da participação dos fiéis nessa mesma missão. Para os dirigentes houve ainda um momento de reflexão acerca do Ano da Fé, com referência à Carta Apostólica do Papa Bento XVI “Porta Fidei” e algumas indicações de como ler os documentos conciliares.
Durante a formação, o Frei Armando Cossá, a “Mana” Ana e a “Mana” Eli foram visitar o Senhor Bispo, Dom Pedro Zilli, que os recebeu cordialmente.  Frei Cossá agradeceu em nome de todo o Movimento ao Senhor Bispo, ao pároco de Gabú, Pe Gerard Meyer, às irmãs e a todos os missionários que colaboram para a evangelização das crianças.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

ADEUS PADRE BARUFFALDI

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Morreu na Itália, vítima de doença. Este missionário trabalhou vários anos na Guiné-Bissau, tendo sido nomeado duas vezes superior para as actividades missionárias do PIME na Guiné-Bissau.

Pe. Baruffaldi nasceu na Itália, ordenado sacerdote em 1970. Três anos após a proclamação da independência nacional, Baruffaldi chegou à Guiné-Bissau para a vida missionária que durou 28 anos. 

Na sua primeira experiência missionária neste país africano, o Ex-Superior Regional de Pime serviu como missionário em Bafatá, Suzana e Catió. Esteve igualmente na Paróquia de Mansoa, onde criou a escola “20 de Janeiro”. 

Como professor biblista trabalhou muito na formação do catequista e do leigo cristão. Escreveu a primeira gramática de língua crioulo guineense. 

Na perspectiva de continuar a formação espiritual e cristã Baruffaldi colaborou na criação do Centro de Espiritualidade de Ndame. Já como então Superior Regional do PIME Guiné Bissau, foi promotor da Casa do PIME em Takir, arredores de Bissau. Nos últimos anos na Guiné foi pároco em Catió, no sul da Guiné-Bissau.

Sendo missionário que ouviu o apelo de Jesus que disse: “ide por todo o mundo e fazei discípulos” e em nome da obediência, em 2001, foi transferido para Norte do Brasil, onde era professor de aulas de Biblia no Seminário Teológico de Manaus e para vários grupos de jovens. 

Diante de uma vida intensa cheio de actividades, este missionário, veio a padecer desde 2006, de doença, contudo, continuava a sua missão no Brasil. Só mais tarde é que regressou para a sua terra natal, em Itália, para os últimos tratamentos. Nascido em 1944 na Premana, morreu no dia 22 de Novembro de 2012 no Brasil Sul aos 68 anos. 

Pela sua morte, Pe. Davide Sciocco, Superior Regional, em nome dos Missionários do Pime, na Guiné-Bissau, agradece a Deus pelo don deste grande missionário que trabalhou muitos anos na Guiné-Bissau e apela a todas as comunidades a seguirem o seu exemplo de grande amor pela Palavra de Deus; e a rezarem pelo falecido Baruffaldi para que Deus lhe dê a Vida Eterna que sempre testemunhava com a sua vida.


SACERDOTES RECÉM ORDENADOS REUNIDOS



A Comissão Interdiocesana de Acompanhamento dos Sacerdotes recém-ordenados na Guiné-Bissau organizou nos dias 21 e 22 deste mês de Novembro, no Centro de Espiritudade de N’Dame, um encontro para os mais de 15 sacerdotes ordenados nos últimos 05 anos. Dentro do contexto do Ano da Fé, Pe. Abraão Ambessum refletiu com o grupo sobre os Sacramentos da Iniciação Cristã; Pe. José Henriques Marques fez uma síntese do Decreto Presbyterorum Ordinis do Concilio Vaticano II; Pe. Celso Corbioli ajudou os jovens sacerdotes a pensarem naquilo que um catequista vê como atitude básica para um sacerdote: não adaptar-se à mentalidade do mundo. Pe. Celso falou também do sacerdócio e a santidade. Dom Pedro Zilli “leu” com os sacerdotes alguns trechos do discurso do Papa João XXIII na abertura do Concilio Vaticano II no dia 11 de Outubro de 1962, “aquele dia tão ansiosamente esperado em que se inaugura o Concilio Ecuménico Vaticano II”, disse o Papa. Por fim, Dom José Lampra Cá sintetizou a Mensagem Final do Sínodo de Outubro passado: “Nova Evangelização para a transmissão da Fé”.


A partir das reflexoes acima, os neo-sacerdotes aprofundaram o conhecimento do momento vivido no Concilio e no pós Concilio, procurando aplicar em suas vidas a riqueza do Misterio da Igreja no seu amor sempre renovado a Cristo Jesus e à Missao que Ele lhe confia. Os sacedotes rezaram pelo Pe. Mario Baruffaldi (PIME) que esteve no Centro de Espiritualidade e faleceu no dia 22 de novembro.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Inicia o Fórum sobre Fé cultura e desenvolvimento na África


Inicia esta terça-feira (20 de Novembro de 2012) até dia 25 do mesmo mês em Dar-es-Salam, na Tanzânia o Fórum sobre “Fé cultura e desenvolvimento na África”.

O evento é organizado pelo Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagáscar (Secam), em colaboração com o Pontifício Conselho da Cultura, um dicastério do Vaticano.

Este fórum que tem por objetivo chegar à criação de um Fórum permanente sobre a Cultura e o desenvolvimento na África, começando “pelos recursos e os desafios do continente africano", juntou 60 delegados oficiais de todas as Conferências Episcopais africanas, onde participa o bispo de Bissau, Dom José Câmnate Na Bissign, enquanto 2º Vice-Presidente da CERAO (Conferência Episcopal Regional da África Ocidental).


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Bispo de Bissau no Fórum sobre Fé cultura e desenvolvimento na África


O Bispo de Bissau, Dom José Câmnate Na Bissign, parte esta sexta-feira, 16 de Novembro, a Dar-es-Salam, na Tanzânia para participar no Fórum sobre “Fé cultura e desenvolvimento na África”, que terá lugar entre os dias 20 e 25 de Novembro, no qual vão participar 60 delegados oficiais de todas as Conferências episcopais africanas.

O evento é organizado pelo Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar (Secam), em colaboração com o Pontifício Conselho da Cultura, um dicastério do Vaticano.

O objetivo é chegar à criação de um Fórum permanente sobre a Cultura e o desenvolvimento na África, começando “pelos recursos e os desafios do continente africano”.

Momento antes de deixar o país, Dom José Câmnate Na Bissign, destacou a importância deste fórum sublinhando que “a cultura é um aspeto que toca com os guineenses, na medida em que este fórum irá ajudar a redescobrir os aspectos positivos que a cultura africana tem”. Falando da pobreza, Na Bissign lamentou a forma como a pobreza tem aumentado em África e em particular na Guiné-Bissau.

A ocasião serviu, ainda, para o bispo de Bissau manifestar a sua alegria sobre os trabalhos da ONG Voz di Paz, que em colaboração com os líderes religiosos procede nesta sexta-feira ao lançamento do “Apelo para um Novo Contrato Social na Guiné-Bissau”. Um acto que visa criar um espaço de reflexão sobre o futuro desejado para o país e o rumo a trilhar para atingir a estabilidade e a prosperidade. Este caminho segundo uma nota de Voz di Paz, “passa necessariamente por um novo Contrato Social do país concebido como um acto de renascimento de uma nova cidadania guineense”.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

BISPO DE BAFATÁ RECEBE VISITA DE CORTESIA



O Bispo de Bafatá Dom Pedro Carlos Zilli recebeu, nesta quarta-feira, 14 de Novembro, no salão de reunião da curia diocesana, uma visita da cortesia de um  numeroso grupo de alunos da escola de futebol central de Bafatá. A visita teve como objetivo saudar o Bispo que esteve alguns meses na Itália por questão de saúde. Por sua vez, Dom Pedro agradeceu a iniciativa e aconselhou os alunos para que prepararem do melhor modo possível, o seu futuro para servir a pátria e suas famílias. Recorda-se que a escola do futebol central de Bafatá acolhe cerca de 300 alunos divididos em 4 camadas e está a ser supervisada por Bacar Sissé.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Pastoral universitária – um sonho possível na Guiné-Bissau


“A Universidade e, dum modo geral, a cultura universitária constituem uma realidade de importância decisiva. Estão em causa questões vitais neste campo e as profundas mudanças culturais com consequências desconcertantes suscitam novos desafios. A Igreja deve tê-los em conta na sua missão de anunciar o Evangelho”.

A Diocese de Bissau, na pessoa de seu Bispo D. José Câmnaté Na Bissing tem ao longo destes anos procurado lançar iniciativas para estruturação da Pastoral Universitária a nível das universidades radicadas em Bissau. Pois, olhando para o panorama da realidade universitária na Guiné-Bissau vai se percebendo que reclama da presença da Igreja no seu seio enquanto espaço no qual são estudados e debatidos, nas suas diferentes perspetivas, as questões de interesse comum, que têm haver tanto com a sociedade civil como a comunidade política, para além da perspetiva académica de cada um dos cursos elegidos pelos universitários.

Assim, o Bispo de Bissau constituiu a Comissão da Pastoral Universitária, e esta para alargar a sua ação na Universidade, congrega a si um grupo de Jovens com a qual constitui a equipa de coordenação das atividades da PU.

Tem procurado chegar ao mundo universitário através de atividades como:

Dois momentos altos de Celebração Eucarística, uma no início do ano académico, que vai acontecer no próximo dia 16 de Novembro no Liceu João XXIII em Bissau, e outra no final do ano, como momento de gratidão ao Senhor pelo ano que a sua a graça acompanhou a vida de cada um dos estudantes.

 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

REAVIVAR E TESTEMUNHAR A NOSSA FÉ - I PARTE

“Reavivar e testemunhar a nossa fé” é o lema escolhido pelo Bispo de Bissau Dom Camnaté para a carta pastoral dirigida às comunidades cristãs e a todas as pessoas de boa vontade.


Eis o teor da primeira parte da carta Pastoral 2012-2013:


A importância do Ano da Fé, proclamado pelo Santo Padre, leva-me a dirigir-vos uma Carta pastoral que visa, em primeiro lugar, contribuir para um forte empenho de todos na renovação da fé e da vida cristã e, em segundo lugar, reforçar o papel que nos cabe desempenhar como homens e mulheres de fé na sociedade de que fazemos parte. O Ano da Fé , como afirma o Santo Padre, «quer contribuir para uma conversão renovada ao Senhor Jesus e à redescoberta da fé, para que todos os membros da Igreja sejam testemunhas credíveis e alegres do Senhor ressuscitado no mundo de hoje, capazes de indicar a "porta da fé" a tantas pessoas que estão em busca». Para título das reflexões, que no início deste Ano da Fé levo até vós, escolhi este lema: “ Reavivar e testemunhar a nossa fé”.


Dado o momento histórico que estamos atravessando no nosso país, o caminho que temos a percorrer juntos apresenta-se cheio de dificuldades e desafios. Todavia, a determinação de os enfrentar incita-nos a renovar e a testemunhar a nossa fé. Com a fé, animada pela esperança e caridade cristãs, vem o que chamamos espírito de fé. É a visão sobrenatural, profunda, serena e consoladora das realidades quotidianas à luz de Deus que é bom e providente; é a apreciação de tudo e de todos segundo os critérios evangélicos, de que são admirável síntese as bem-aventuranças; é a aceitação alegre dos trabalhos de cada dia e de cada hora como expressão concreta da vontade santificadora de Deus; é a imitação de Cristo e daqueles que a Igreja nos aponta como exemplos mais perfeitos e acessíveis dessa mesma imitação: a Santíssima Virgem e os Santos. Nesta linha, quão fecundo pode ser o Ano da Fé!


Que podemos esperar do Ano da Fé? Antes de mais, uma consciência mais clara no povo cristão de que esta virtude teologal é o primeiro radical dom de Deus ao homem na ordem da graça. Se a caridade revela e realiza o cristão, se a esperança o orienta e anima na vida, é a fé que o define como tal. Como dom, a fé deve pedir-se a Deus e deve também agradecer-se, cultivar-se e renovar-se. Se a fé não é alimentada, atrofia-se e pode morrer. O alimento da fé é a Palavra de Deus que se lê na Sagrada Escritura e se escuta nas leituras e proclamações bíblicas, que é pregada nas homilias e sermões, que é explicada nas catequeses, nos cursos e nas pequenas comunidades. Cresce a fé com o desenvolvimento da vida cristã, com a oração, a prática das virtudes e a frequência dos sacramentos.


I. REDESCOBRIR A FÉ CRISTÃ


Diante da profunda crise de fé, diante de uma perda do sentido religioso que constitui o maior desafio para a Igreja de hoje, a redescoberta da fé deve ser a prioridade no compromisso de toda a Igreja nos nossos dias. «Desejo que o Ano da fé possa contribuir, com a colaboração cordial de todos os componentes do Povo de Deus, para tornar Deus novamente presente neste mundo e para abrir os homens ao acesso da fé, ao confiar-se àquele Deus que nos amou até ao fim (Jo 13,1), em Jesus Cristo crucificado e ressuscitado» (Bento XVI, no lançamento do Ano da Fé – Porta Fidei). Por isso, neste Ano da Fé convocado pelo Papa Bento XVI, um empenho particular de toda a Igreja será dedicado a reavivar e a aprofundar o conhecimento da doutrina católica, através da releitura e assimilação dos principais documentos do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica.


1.1 O que é a fé?


A fé é o elemento central no cristianismo. O que é ter fé num mundo que não pergunta mais sobre a verdade das coisas, mas pergunta sobre a utilidade das coisas? Este mundo sem Deus quer viver dos factos concretos, visíveis, da competência e da eficiência pessoal... eu resolvo, eu decido.... A pessoa de fé, no entanto, confia naquilo que não é feito por ela, que não é visível, confia naquilo que é dado por um Outro. A fé dá um sentido profundo à existência e este sentido não pode ser construído ou comprado pelo homem, mas é recebido (dom).


Na fé eu recebo o que não pensei e, por isso, tenho a necessidade de ouvir, ouvir o que Deus revela, ouvir a Palavra de Deus. «Escuta, Israel, o Senhor é o teu Deus, Ele é o único Deus» (Ex 6,4). Na Bíblia, desde o Génesis que nos apresenta Abraão como exemplo paradigmático do homem de fé, até às passagens do Evangelho que levam Jesus a exclamar: «Foi a tua fé que te salvou»; «Nem em Israel vi tamanha fé»; «Homens de pouca fé»; «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis àquela montanha que se movesse e ela obedecer-vos-ia…», tudo concorre para se ficar convencido da importância primordial da fé para alcançar a salvação e a vida eterna.

Ao longo da vida pública de Jesus, descrita nos quatro Evangelhos, a fé aparece como expressão da confiança em Deus, como adesão à Palavra de Deus, aos mistérios divinos, aos desígnios de misericórdia de Deus; como atitude básica de quem procura a salvação de Deus. Assim, na Bíblia, a fé é uma realidade mais rica e complexa do que a fé como virtude teologal, que a teologia clássica define como a adesão da mente, movida pelo impulso da graça, às verdades reveladas.


O Concílio Vaticano II foi bem claro, em vários dos seus documentos principais, ao dizer que a primeira missão da Igreja, e até mesmo a sua vocação, é levar a mensagem da salvação que faz despertar, amadurecer e elevar a graus sublimes da fé a todo o homem de boa vontade.


A fé é iniciativa de Deus. É Ele quem, primeiramente, nos ama e nos busca. Nós O encontramos definitivamente na sua Palavra. A fé é, portanto, um dom de Deus que nos é dado como proposta na sua Palavra. A fé acontece quando (e apenas quando) respondo à proposta de Deus. A fé tem dois aspectos interligados: a confiança pessoal em Deus e a aceitação (obediência) ao que Ele revela. «A fé é a atitude de quem está plantado no chão sólido da Palavra de Deus» (Bento XVI, 2005). A Palavra de Deus tomou forma humana, fez-se carne em Jesus. Nele Deus se manifestou humanamente. Muitas vezes e de muitos modos, Deus falou aos nossos pais. Nestes últimos dias, diz a carta aos Hebreus (1,1-3a), falou-nos por meio do seu Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas (e pelo qual também criou o universo. Ele é o resplendor da glória do Pai, a expressão do seu ser). Por isto nós cremos num Outro, num Tu, numa pessoa. O centro da nossa fé é Jesus, autor e consumador da fé (cfr. Hb 12,2). A fé cristã distingue-se da opinião, da crença, da ideologia e também da religião. Ela tem a ver com a Verdade e o Amor.


O essencial na fé consiste na resposta confiante e no abandono a Deus que veio até nós em Jesus Cristo. Creio em Deus que se manifesta em Jesus Cristo. A fé consiste em seguir o que Jesus revela e em entregar-se livre e totalmente a Deus, oferecendo-se a Ele que se revela, com a submissão plena da inteligência e da vontade, dando voluntariamente assentimento à revelação que Deus nos fez (cfr. Dei Verbum, 5). A fé cristã é uma atitude pessoal e livre, uma entrega amorosa e confiante a Deus, a partir da revelação que é transmitida viva e humanamente por Jesus Cristo, Deus presente. «Este é o meu Filho amado. Escutai-O» (Mc 9,7). 1.2 Os conteúdos da nossa fé Pela fé, começamos a ver com os olhos de Deus o próprio Deus e tudo quanto saiu das suas mãos. Só ela pode dar-nos o verdadeiro sentido do mundo e da vida, pois só ela nos abre à ordem sobrenatural, a única que realmente conta. Pela fé conhecemos em Cristo o Verbo de Deus e Deus verdadeiro traduzido em linguagem humana, a revelar-nos o Pai, e pelo Pai enviado a salvar-nos.

E em Cristo encontramos a explicação única das grandes realidades que nos podem interessar e tantas vezes nos preocupam: a nossa origem e destino, as nossas contradições internas e as do mundo; o mal e o bem, o pecado e a virtude, ânsia de felicidade e o sofrimento, o desejo de viver e a morte… sem fé, tudo isto é incompreensível, tudo isto se torna absurdo. A fé, adesão a Cristo, abre-nos para todos os mistérios cristãos, para aquelas virtudes que maravilham, confortam e dinamizam os santos, verdades resumidas no «Credo» que proclamamos nas assembleias dominicais. É o mistério da vida íntima de um Deus uno no inefável convívio de três Pessoas; é a criação do universo e do homem, saída por amor das mãos de Deus; é o pecado e a redenção pela morte e ressurreição de Cristo; é toda a «História da Salvação» com os longos antecedentes da Aliança Antiga, com a passagem pela terra e pelo Calvário do Redentor, com a sua presença continuada na Igreja que o Espírito Santo anima na sua obra até ao fim do mundo; e toda a vida cristã com as realidades deste tempo e da eternidade. Aprofundar estas verdades, vivê-las, proclamá-las, eis o inesgotável filão a explorar ao longo do Ano da Fé.


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

SEMINARIO DE BISSAU RECEBE PROFESSOR BRASILEIRO

Padre da diocese de Uruaçu em Missão na Guiné-Bissau


No próximo dia 2 de dezembro, parte para a Missão na Guiné-Bissau,  o padre diocesano de Uruaçu (Estão de Goiás, Brasil), Pe. Rogério Alves Gomes, 29 anos, professor e responsável pelo curso de Filosofia na Faculdade Serra da Mesa (FASEM), diretor acadêmico do Seminário Diocesano São José e presidente das Obras Sociais da diocese.

De responsabilidade da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a missão terá duração de um mês e treze dias. Nesse período, o sacerdote irá colaborar com a formação de seminaristas do período de filosofia, por meio de um curso intensivo de história da filosofia moderna.

O envio do padre Rogério atende ao pedido dos bispos da Guiné-Bissau, que tem se servido de professores do Brasil, através da CNBB, para atender às necessidades formativas dos seminaristas maiores do Seminario Interdiocesano Dom Settimio Arturo Ferrazzetta. Padre Rogerio ficará na Guiné-bissau entre os dias 2 de dezembro de 2012 e 15 de janeiro de 2013.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

QUEBO SE PREPARA PARA GANHAR MISSIONARIOS RESIDENTES


Sob convite de Dom Pedro Zilli, o Regional Sul II da CNBB, (Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil), composto pelo Estado do Paraná e constituído por dezoito dioceses e um eparquia, está se preparando para assumir uma Missão em Quebo, sul da diocese de Bafatá. Nesta perspectiva, Dom Pedro, juntamente com o ecónomo da diocese e os padres da paróquia de Buba, da qual Quebo faz parte, esteve no dia 01 de Novembro naquela cidade para uma reunião com as autoridades locais: civis, religiosas e tradicionais. Aos 17 participantes da reunião, Dom Pedro comunicou o projeto de passar de uma presença dominical e pouco mais a uma presença fixa com missionários residentes. Todos, indistintamente, manifestaram uma grande alegria, pois conforme sublinhou um chefe religioso muçulmano, “os missionários numa determinada região são um sinal de Deus e sua presença é um bem para todos”. À saída da reunião, Dom Pedro falando com um cristão, disse: “Que todos os Santos intercedam junto ao Senhor, para o bom êxito da iniciativa lançada em Quebo”.