sábado, 22 de fevereiro de 2014

FUNDAÇÃO JOÃO PAULO II PARA O SAHEL FESTEJA SEUS 30 ANOS



Neste dia 22 de fevereiro, a Fundação João Paulo II para o Sahel está a festejar seus 30 anos de existência. Nasceu em 22 de fevereiro de 1984.
Em 1980, enquanto o Sahel se consumia literalmente sob os rigores de uma seca implacável, uma voz ergueu-se, despertando a consciência de um mundo que assistia impotente ou indiferente ao horrível espetáculo de terras que se haviam tornado inférteis e populações esfomeadas.

Era a voz do Papa João Paulo II. Em 10 de maio de 1980, pisando pela primeira vez o solo do Sahel, movido pela devastação ecológica que descobriu muito além dos clichés da televisão, o Santo Padre lançou o apelo histórico de Ouagadougou (Burkina Faso). Dirigindo-se assim ao mundo, o Papa chamava a nossa atenção para a grave seca que assolava os países do Sahel.  Na sua famosa homilia daquele 10 de maio,  João Paulo II disse :« Daqui de Ouagadougou, do centro de um desses países, a que podemos chamar os países da sede, que me seja então permitido dirigir a todos, em África e fora deste continente, um apelo solene a que não se fechem os olhos ao que se passou e ao que se está a passar na região do Sahel». No dia 5 de novembro de 1981 o Santo Padre confidencia aos Bispos do Sahel: « Desejo que uma obra concreta se realize no Sahel … e que continue a ser o sinal eficaz do meu amor pelos meus irmãos africanos mais sofridos»


Em 22 de fevereiro de 1984 : a Fundação vê a luz do dia e o seu nascimento é oficializado pelo próprio João Paulo II. Ele diz:  « Foi com profunda satisfação que fiquei a saber que o apelo que lancei a 10 de maio 1980, em Ouagadougou, a favor dos povos do Sahel, gravemente afetados pela desertificação e pela seca, teve uma ampla ressonância internacional”.
Muitos fiéis, especialmente na República Federal da Alemanha, animados por sinceros sentimentos de solidariedade universal e por um verdadeiro espírito cristão, ofereceram generosamente a sua contribuição para aliviar o sofrimento dos seus irmãos africanos. Nos conselhos de Administração da Fundação, os bispos administradores têm sublinhado a importância de sensibilizar os próprios sahelianos no sentido de contribuírem com fundos para financiamentos de mais projetos. 
Com a criação da Fundação muito foi feito: centenas de Sahelianos receberam formações, água foi fornecida a milhões de camponeses, árvores foram plantadas, terras cultiváveis recuperadas, criação de animais…! No entanto, muito resta a fazer para vencer a desertificação e suas consequências.

Dom Pedro Zilli que esteve no Conselho de Administração  da Fundação João Paulo II para o Sahel, em Keur Moussa, Senegal, em finais de Janeiro e inícios de fevereiro deste ano 2014, formulou um voto: “que no ano em que a Fundação completa 30 anos e que o Papa João Paulo II será canonizado, possamos redobrar esforços na luta contra a desertificação e a seca. Que o Papa João Paulo II interceda junto do Senhor pelos nove países do Sahel: Burkina Faso, Cabo-Verde, Chade, Gambia, Guiné-Bissau, Mali, Mauritânia, Níger, Senegal”.