sexta-feira, 7 de março de 2014

EXORTAÇÃO DA QUARESMA 2014 DA CONFERENCIA EPISCOPAL



Com o tema «Juntos construamos a paz na verdade, na justiça e na reconciliação, os Bispos da Conferencia Episcopal do Senegal. Mauritânia, Cabo-Verde e Guiné-Bissau entregaram nas mãos dos “queridos fiéis em Cristo e homens de boa vontade”, a EXORTAÇÃO DA QUARESMA 2014. Na Exortação,  os bispos sublinham que “os diferentes males de que são vítimas os povos dos nossos países são consequência dos pecados...”. Dizem que “estes pecados chamam-se hoje: violência, procura desenfreada do poder, etnocentrismo, egoísmo, perda do sentido moral em muitas pessoas, exclusões mútuas de todo o tipo; todos eles são outros tantos atentados à dignidade das pessoas”. Realçam que “a isso pode-se acrescentar ainda a mentira, a manipulação e a desinformação, as violações dos direitos humanos e dos grupos humanos, as manipulações políticas, a venda maciça de armas com vista a acender fogos de conflitos mortais e a dívida que se segue a isso, o tráfego de droga; tantas situações inaceitáveis para a nossa consciência de homens e de pastores”. Na Exortação, os Bispos evidenciam: “CONSTRUAMOS A PAZ NA VERDADE”, pois “não se pode construir a paz verdadeira na mentira”; “CONSTRUAMOS A PAZ NA JUSTIÇA”, pois “não há verdadeira fé em Deus sem compromisso em defesa da justiça”; CONSTRUAMOS A PAZ NA RECONCILIAÇÃO”, sabendo  que  “a reconciliação é antes de mais obra de Deus pelo mistério da Encarnação e da Redenção: só Ele pode reconciliar. “Ele amou tanto o mundo até ao ponto de enviar o seu único Filho” (Jo 3, 16). “Esvaziou-se tomando a condição humana….”  (Fil 2, 7-8). Nos “apelos” os bispos exortam os “queridos fiéis em Cristo e homens de boa vontade”, dizendo que “face às crises que perturbam a paz nos países da nossa sub-região, cada qual deve assumir as suas responsabilidades: dirigentes políticos, partidos políticos, beligerantes, confissões religiosas, sociedade civil, etc”.
Na conclusão, os Bispos fazem duas constatações muito encorajadoras: “nestes últimos tempos, constatamos, a nível das comunidades tanto nacionais como internacionais, uma mobilização determinada para a paz na procura de soluções para as crises que destroem alguns países. Por outro lado, o facto de que as nossas populações continuam a viver juntas, e até a ser solidárias apesar das forças de violência e de divisão, constitui uma grande luz de esperança”. Por fim, convidam a todos a rezar com São Francisco: “Senhor, fazei de mim um  instrumento da vossa paz”.