Com o
tema «Juntos construamos a paz na verdade, na justiça e na reconciliação, os
Bispos da Conferencia Episcopal do Senegal. Mauritânia, Cabo-Verde e Guiné-Bissau entregaram nas mãos dos “queridos fiéis em Cristo e homens de boa
vontade”, a EXORTAÇÃO DA QUARESMA 2014. Na Exortação, os bispos sublinham que “os diferentes males
de que são vítimas os povos dos nossos países são consequência dos pecados...”.
Dizem que “estes pecados chamam-se hoje: violência, procura desenfreada do
poder, etnocentrismo, egoísmo, perda do sentido moral em muitas pessoas,
exclusões mútuas de todo o tipo; todos eles são outros tantos atentados à dignidade
das pessoas”. Realçam que “a isso pode-se acrescentar ainda a mentira, a
manipulação e a desinformação, as violações dos direitos humanos e dos grupos
humanos, as manipulações políticas, a venda maciça de armas com vista a acender
fogos de conflitos mortais e a dívida que se segue a isso, o tráfego de droga;
tantas situações inaceitáveis para a nossa consciência de homens e de
pastores”. Na Exortação, os Bispos evidenciam: “CONSTRUAMOS A PAZ NA VERDADE”,
pois “não se pode construir a paz verdadeira na mentira”; “CONSTRUAMOS A PAZ NA
JUSTIÇA”, pois “não há verdadeira fé em Deus sem compromisso em defesa da
justiça”; CONSTRUAMOS A PAZ NA RECONCILIAÇÃO”, sabendo que “a
reconciliação é antes de mais obra de Deus pelo mistério da Encarnação e da
Redenção: só Ele pode reconciliar. “Ele amou tanto o mundo até ao ponto de
enviar o seu único Filho” (Jo 3, 16). “Esvaziou-se tomando a condição
humana….” (Fil 2, 7-8). Nos “apelos” os
bispos exortam os “queridos fiéis em Cristo e homens de boa vontade”, dizendo
que “face às crises que perturbam a paz nos países da nossa sub-região, cada
qual deve assumir as suas responsabilidades: dirigentes políticos, partidos
políticos, beligerantes, confissões religiosas, sociedade civil, etc”.
Na conclusão, os Bispos fazem duas constatações muito encorajadoras: “nestes últimos
tempos, constatamos, a nível das comunidades tanto nacionais como
internacionais, uma mobilização determinada para a paz na procura de soluções
para as crises que destroem alguns países. Por outro lado, o facto de que as
nossas populações continuam a viver juntas, e até a ser solidárias apesar das
forças de violência e de divisão, constitui uma grande luz de esperança”. Por
fim, convidam a todos a rezar com São Francisco: “Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa paz”.