A constatação é das Irmãs Oblatas do Sagrado Coração de Jesus, na comunidade de Bidjene. Uma pequena oficina de artes para fazer as mulheres ganhar a vida foi transformada em escola de alfabeto. “Nós precisamos de saber porque só assim é que é possível fazer arte”, disse a senhora Neia Djata, uma das alunas.
Segundo as religiosas no começo não foi fácil para as mulheres porque em muitos casos são elas que levam a casa aos ombros. Mas agora estão mais conscientes e lutam para encontrar tempo de dedicar-se a escola. Ir Tereza Marques, junto das mulheres há 5 anos disse que a alfabetização tornou-se um ponto de atracção e um factor de consciência:"Assim, podemos sonhar!", exclamou. Ao nível do sector já foi escolhida uma equipa de animação feminina coordenada pelas próprias mulheres para partilharem seus próprios problemas. Ouvir histórias de mulheres que se levantaram contra a opressão tem sido uma das grandes atracções nas conversas.
Em Bissorã, também, das 80 mulheres matriculadas 70 chegaram ao fim do ano escolar. Ir Maria do Carmo Farias e Ir Natalina Martinelli, Missionárias da Imaculada, atribuem o sucesso, da comunidade à pequena escola de corte e costura,com que servem as mulheres. Porém, até agora os níveis de escolaridade em todo país ainda são muito baixo.