terça-feira, 18 de janeiro de 2011

UNIDADE DOS CRISTÃOS: Igrejas cristãs terão uma única Bíblia na Guiné - Bissau

O esforço está ser articulado entre religiões cristãs. Os Evangélicos, através do Conselho Nacional das Igrejas, CNI, sob a responsabilidade do pastor Joaquim Correia, representante da Sociedade Bíblica Unida para a Guine -Bissau e os Católicos, pela Comissão Bíblica, sobre a responsabilidade do padre Domingos Cá.
Trata-se de uma versão bíblica consensual para os cristãos, escrita na língua local, o Crioulo. A Bíblia, o “best seller” de todos os tempos: o mais lido, o mais vendido, o mais procurado está também na origem de muitas clivagens e divisões entre irmãos que evocam o mesmo Deus. Por isso, na Guine -Bissau, o projecto, na opinião do pastor Joaquim, representa um esforço de unidade de importância dupla: “Ter consenso nos conceitos chaves na teologia cristã e isso pode ajudar as pessoas a entender a religião cristã”; do outro lado, “o crioulo se escreve diferentemente, uma tradução negociada poderia ajudar a uniformizar a escrita da língua”, uma aquisição cultural.
Até ao momento, a parte evangélica que já tem traduzido quase todos os livros bíblicos pediu à parte católica, para rever a versão evangélica com as notas explicativas e completar a tradução com os livros deutero – canónicos. Segundo o padre Domingos Cá, a parte católica já criou uma equipa técnica que deve em breve apresentar o trabalho parar fazer andar a proposta.
A Bíblia evocada na igreja cristã como Palavra de Deus está na origem de várias iniciativas de diálogo entre os cristãos e com as culturas. Ao nível do continente, o seminário Continental realizado em Camarões, em Dezembro de 2010, pelo Centro Bíblico para África e Madagáscar (CEBAM) recomendou a sua tradução, na sequência da recente exortação Pós-Sinodal, do Papa Bento XVI, sobre a palavra de Deus.
Em todo o mundo decorre a semana da oração pela unidade dos cristãos, de 18 de Janeiro a 25 de Janeiro, em que se celebra a conversão de São Paulo. As comunidades cristãs, além da oração, os fiéis das diferentes confissões partilham elementos comuns a unidade.