sábado, 17 de abril de 2010

Jovens apelam para a paz na Guiné-Bissau

Os motivos encheram a estrada que liga a cidade de Bissau a Quinhamel a partir da localidade de Bissauzinho, neste sábado, na Marcha da Paz. A caminhada percorreu cerca de 6 km ao sol quente da Guine-Bissau. Os responsáveis indicaram que a ideia da marcha é quase uma tradição da jornada pascal, porque o tema da paz é sempre actual, mas para hoje, “viemos reforçar o que temos feito e ao mesmo tempo chamar atenção para a nossa responsabilidade de cristãos de transformar a imagem da Guiné-Bissau”, disse o Casimiro.
A iniciativa com carácter popular é a primeira depois dos acontecimentos de 1 de Abril, com a mencionada presença de cidadãos a pedir aos militares a paz, pela primeira vez na história do país. Padre José Lambra Cá que fez a catequese comentou a mensagem de Bento XVI aos jovens e lembrou que a lógica da Páscoa subscreve - se no respeito pelo outro (amor ao próximo) consagrado no dever de aceitar as instituições que regem e defendem a vida: “Se estamos num estado de direito não podemos viver em anarquia… não devemos banalizar a razão das nossas conquistas como a independência duramente conquistados”, disse.
A marcha terminou no palácio do governo do município. Na ocasião os jovens ouviram o senhor João Gomes Lima Wanhnon que lhes dirigiu palavras e louvou o acto.

Palavras dos Jovens!
-Felismina Indi, 23 anos: “A minha mensagem é que lutemos contra a injustiça, contra a violência”
-Carlos Frederico Oliveria Costa, 22 anos: “ A minha mensagem é o espírito da marcha seja preservada. Acho que devemos evitar tudo aquilo que estraga a paz, nas nossas palavras e no nosso comportamento”.
-Suzy Carla Candy Vinha Afonso, 21 anos: “Como o lema diz, peço que trabalhemos no sentido de trabalharmos e dar tudo que é de bom”.
-Feliciana Cabral Preira, 24 anos: “ A minha mensagem é de incentivar os jovens católicos a serem modelos para os outros jovens em geral”.
-Carlos Bideta Yola: “Minha mensagem nesta marcha deve ser de apelo para a paz. A igreja católica está sempre presente, espero que os políticos e os militares nos escutem. É verdade que os conflitos existem sempre, mas nós como cristãos não devemos desistir de desencorajar atitudes que contrariem a paz e o bem-estar de todos os guineenses”.