As declarações são do padre Domingos Cá, vigário geral da Diocese de Bissau, foram ouvidas neste domingo, 10 de Outubro de 2010, em missa que assinalou a passagem do 22º aniversário da Paróquia de São Francisco de Assis de Antula, na periferia de Bissau.
“Guineenses, o país que nós amamos está doente e a vida social se vai degradando dia após dia, o mesmo é dizer, que deixemos as acusações e as desconfianças, reconheça cada um os seus erros”. Segundo o vigário geral, o problema é que ninguém reconhece os seus erros e se prodigalizam a apontar erros dos outros, de pequenas coisas destacadas de outros, se fazem crimes para se inculparem e ilibarem seja do que for. “Consequência é que vivemos num clima de permanentes acusações e suspeita generalizada, num ambiente de confusão e desorientação e é o país que se vê adiado”.
A homilia calou fundo a assembleia dominical que, nos últimos dias, tem acompanhado as movimentações do xadrez político e militar, caso que tem suscitado na opinião pública nacional e internacional comentários que apontam para um clima de suspensão, em relação a urgência da paz e reconciliação no país. Neste contexto, olhando para frente, apelou ao testemunho cristão, apontando o caminho da humildade, evocando o exemplo do primeiro bispo de Bissau dom Settimio, filho de São Francisco, pelo seu testemunho na promoção do diálogo entre os guineenses, rezou: "Entreguemos a Deus pela oração a nossa preocupação e que a confiança volte a reinar entre os homens”.