A opinião foi manifestada pelo coordenador da Comissão Interdiocesana da Educação, padre Joaquim Cardoso Pereira, CPPS, num documento distribuído a todos os responsáveis das Escolas Católicas, datado de 5 de Novembro de 2010: “Vamos ter que ter muita paciência nas relações com o Ministério da Educação, embora o senhor Ministro tenha muito boa vontade, já demonstrada diversas vezes é um homem só, não tem equipa à altura das exigências.”
A Comissão das Escolas Católicas na Guine - Bissau coordena 133 escolas, divididas em dois tipos de escolas: As de Auto-Gestão, aquelas que funcionam nas estruturas do Estado e foram confiadas às missões e as privadas que foram criadas pelas missões no âmbito da privatização do ensino, mas que precisam de um Alvará para o seu pleno funcionamento. Até agora, segundo padre Joaquim, o ministério não autorizou, pelo Alvará, nenhuma escola Católica. A falta de Alvará dá uma instabilidade, “porque não sabemos o que nos espera, com esta instabilidade”, disse. Procurado pelos serviços de informação defendeu que, as relações com o actual ministro são boas; porque “graças a ele foi possível criar um conjunto de leis que eram reclamadas para o andamento do ensino na Guine -Bissau. Porém, escreve no documento que estamos a citar: “no Ministério, há muitos técnicos, mas pouca gente com vontade de trabalhar”.
As Escolas Católicas regem-se actualmente por um Manual de Procedimentos que foi aprovado em Maio de 2009, com o objectivo de uniformizar a prática didáctico – educativa, nas instituições de ensino. A Igreja Católica, na Guine – Bissau, conta com o apoio da Fundação Evangelização e Cultura, FEC, cuja actuação, em quase todo o país oferece programas de qualificação dos professores.