A disposição foi apresentada pelo padre Francelino Nhaga, diocesano de Bissau, para os participantes das dioceses de Bissau e Bafata que se reuniram nos dias 9 a 11 de Novembro de 2010, no centro de espiritualidade de Ndame para concluir o Documento Caquéctico sobre a iniciação cristã na Guine -Bissau.
Para o padre, “o Código de Direito Canónico não exige nenhuma qualidade moral da parte dos pais, mas apenas o consentimento por isso, não se pode castigar os filhos por causa dos pais”. O Bispo de Bissau que também participou dos debates indicou que alguns elementos da tradição local podiam ser usados como tradição da Igreja Local. Dom José Camnate referia-se a expressão “meninos de criaçon” que na sua opinião podem relevar o papel dos padrinhos e fomentar a maternidade espiritual nas famílias cristãs. A praxis pastoral na Guine -Bissau tem limitado o acesso ao baptismo aos petizes, por causa da garantia fundada para educação dos filhos. O critério, na observação pastoral empenha pouco as famílias cristãs nas pequenas comunidades, no seu papel de igreja doméstica.
A criança, no contexto sócio cultural dos povos da Guine – Bissau é muito pouco visada nos seus direitos. A opção de relevar o seu direito natural ao baptismo solicitado pelos pais à Igreja pode ser entendida como uma nova consciência nas famílias. A igreja não pode deixar este papel de presença na primeira infancia à religião tradicional nem aos grupos étnicos.