sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Quatros passos para a paz, justiça e reconciliação na Guiné-Bissau

Dom José Lampra Cá, Bispo Auxiliar de Bissau, convida o povo guineense para reflectir sobre os passos ideais para levar a paz, justiça e reconciliação à Guiné-Bissau. Dom Lampra Cá falava aos milhares de peregrinos no passado dia 10 de Dezembro em Cacheu, no âmbito da peregrinação nacional 2011 sob o tema: “ Juntos com Maria, trabalhemos para a paz, reconciliação e justiça”.
O Bispo Auxiliar de Bissau lançou quatro propostas que, de acordo com ele, se forem bem recebidas e vividas, o País será capaz de viver na paz, reconciliação e justiça.
O primeiro ponto de reflexão refere-se ao valor da paz. “O que temos a ganhar no caso de haver paz, justiça e reconciliação”? O segundo ponto relaciona-se com as atitudes para chegar a paz. “Que tipos de acções são precisas para que haja paz, justiça e reconciliação”? O terceiro fala da responsabilidade para alcançar esses valores. “Quem deveria trabalhar para que possa haver paz, justiça e reconciliação”? O último é sobre o tempo necessário para construir a paz. “O trabalho da paz, justiça e reconciliação dura quanto tempo”? Estas são as questões que cada peregrino e o povo guineense têm para reflectir, responder e pôr em prática.

A peregrinação Nacional 2011 contou com a presença, para além de Dom Lampra - que presidiu a missa e a adoração com milhares dos jovens -, de dom José Camnaté, Bispo Titular de Bissau e de Dom Pedro Carlos Zili de Bafatá.

A comunidade muçulmana fez-se representar por 20 elementos. A nível estatal, a presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Maria do Céu Silva Monteiro, esteve presente e comentou a importância da peregrinação, em particular do tema escolhido. Um lema que não está longe daquele que o país vai realizar em Janeiro de 2012, na sua primeira conferência nacional, “Caminhos para a paz, reconciliação e desenvolvimento”, organizada pela Assembleia Nacional Popular. Nesta irão participar instituições do Estado, privados, militares, entidades religiosas, em particular a Igreja Católica, entre outras.
Segundo a Presidente do STJ, a participação da Igreja Católica nesta conferência vai conferir a esta maior credibilidade, destacando o insubstituível papel da Igreja Católica guineense na promoção da paz, reconciliação e justiça no país.
Na peregrinação a Cacheu, também estiveram presentes os nossos irmãos da Igreja do Senegal, com a presença e participação de padres, irmãs e leigos.