quinta-feira, 19 de abril de 2012

Missão guineense na Mauritânia

MISSIONÁRIOS GUINEENSES DÃO TESTEMUNHO
DA VIAGEM MISSIONÁRIA NA MAURITÂNIA

Após quarenta e cinco dias fora da Guiné-Bissau, Pe. Admir Cristiano Barreiro da Paróquia Nossa Senhora da Graça de Bafatá, Pe. Francisco Fernandes da Paróquia de Santa Cruz de Buba e o catequista Augusto Gomes de Bajob, retornaram contando como viveram toda a Quaresma e Páscoa naquele país irmão e vizinho, embora de culturas e tradição islâmicas.
Deixando a Guiné-Bissau no fim de Fevereiro passado, os três missionários só chegaram na Mauritânia no dia 8 de Março de 2012; Isto porque, tendo chegado na fronteira de Rosso, foram obrigados a voltar à Dakar à procura de vistos de entrada.
Chegando na Mauritânia foram recebidos pelo Bispo da Diocese, Dom Martin Happe. Devidos a várias atividades pastorais, os missionários foram divididos: Pe. Francisco para uma comunidade de Nouadhibou, cerca de 465 km da capital de Nouakchott ; Pe. Admir e o catequista Augusto permaneceram na capital.
Durante a sua estadia, os missionários desenvolveram suas atividades pastorais: catequese para os que se preparavam para o baptimo, atenderam confissões, visitas domiciliares aos nossos parentes guineenses, encontros e demais atividades de carácter espiritual e humano.
Tanto em Nouakchott como em Nouadhibou os missionários organizaram também encontros de carácter social, para debater ou melhor informar aos irmãos da diáspora sobre a situação política que se vive na Guiné. “Entretanto, antes mesmo de ter acontecido o lamentável de golpe de Estado do dia 12 de Abril, os irmãos da diáspora, já tinham manifestado a sua preocupação com a atual situação em que o País estava a viver”, realçam os missionários.
“Foram momentos fortes de oração e meditação”, testemunharam os missionários, apesar de se encontrarem num País islâmico, mergulhado em uma tradição fechada e num regime que não deixa margem à liberdade religiosa.
Os dois sacerdotes e o catequista regozijam-se, pois “apesar de tudo, os cristãos que aí vivem, estão convictos de que o Senhor Jesus está com eles”, Com o Salmo rezam: “O Senhor é meu pastor, nada me falta”. Prova disto, é que na vigília Pascal receberam o sacramento do batismo 12 jovens de diferentes nacionalidades (benineses, togolenses, ivoirenses...), sendo seis guineenses que também se ajuntaram ao grupo. Foi realizado também um casamento entre dois jovens marfinenses.
Após terem vividos todo o tempo da Quaresma e o dia da Páscoa em Mauritânia, os missionários chegaram à Guiné-Bissau no dia 14 de abril no meio da confusão que agitou o País. No dia 16, os três misionários encontraram-se com os bispos de Bissau, D. José Câmnate na Bissing e D. José Lampra Cá, juntamente com Pe. Domingos Cá.
No encontro, os missionários narraram como foram as viagens, as dificuldades e os sucessos. Os Bispos disseram ter “ficado muito alegres com a ortaleza e firmeza com que os três testemunharam a Palavra de Deus naquele país islâmico”.
No dia 18 de Abril foram recebidos na cúria de Bafatá, pelo bispo da Diocese de Bafatá, D. Pedro Carlos Zilli e pelo vigário geral, Pe. Luca Pedretti. D. Pedro e Pe.Luca manifestaram o seu contentamento de “ver a Igreja da Guiné-Bissau ser missionária e partilhar com a Igreja irmã da Mauritânia o dom da fé. Agradeceram os missionários e felicitaram-nos pelo tempo vivido naquele país islâmico”.
De salientar que esta colaboração entre a Igreja da Guiné-Bissau e da Mauritânia já é realizada desde 2007, no tempo da Quaresma e na Páscoa. Que Deus continue a abençoar os cristãos que vivem na Mauritânia e abençoar o povo da Guiné-Bissau na paz e na tranquilidade.