Jovens guineenses participam da Jornada Mundial

Os preparativos estão em curso, uma delegação de 30 jovens vai representar a Guiné-Bissau no encontro com o Papa na Jornada Mundial da Juventude, em Madrid, nos dias 16 a 21 de Agosto.
Atraídos pelo tema: “ Enraizados e edificados na fé em Cristo os jovens vão apresentar-se na Jornada Mundial da Juventude com os trajes de 8 etnias guineenses (Mancanha, Balanta, Papel, Manjaco, Bijagó, Fula, Felupe e Mandinga e com as danças tradicionais vai apresentar da etnia Mancanha, Balanta e Manjaco, caompanhada com uma canção tipicamente guineense estilo “n’gumbé de tina”, para apelar a sobrevivência das identidades locais no mundo globalizado.
Bispo de Bafata, Dom Pedro Zilli pediu representação condigna da Guié - Bissau aos Jovens: “É um grande orgulho e honra para vós que são escolhidos, no meio de milhares de jovens, para participar nesta jornada, por isso vocês têm uma enorme responsabilidade de representar dignamente a Igreja da Guiné”, disse.
A Guiné-Bissau ao contrário de muitos países africanos tem sido modelo na participação nas jornadas mundiais da juventude, com ajuda dos jovens de Verona que apóiam nas despesas de viagem. No encontro de preparação, os jovens receberam uma pequena formação sobre as línguas e são informados sobre a cultura e a situação sócio– cultural econômico e religiosa de alguns países da Europa.

Sala de aula marca formação

A Diocese de Bissau termina nesta Sexta feira, 22 de Julho, o curso de formação de professores, para o sector autónomo de Bissau, no Liceu João XXIII. Cerca de 250 participantes concluíram com satisfação os trabalhos.
A organização pedagógica dos temários do curso esteve a cargo da Ir Sónia Rosa de Moura, Beneditina da Divina Providencia. Segundo ela, a experiência marcou pela positiva os professores, porque o curso foi marcado com o “fazer prático em sala de aula”, coisa de que mais os professores tem falta. Ir Sónia de nacionalidade brasileira é formada em Pedagogia pela UNIlINHARES, do Espírito Santo, Brasil. Em 3 anos que está na Guiné-Bissau acompanhando práticas educativas, apontou que a maior dificuldade é encontrar formadores com a perspectiva prática na sala de aula.
Este é o primeiro curso de formação de professores. A experiência é apontada para a organização como o ponto de partida para mais experiências no sector para Escolas Católicas na Guiné-Bissau.

Pedagogia positiva nas escolas

Por Nélida Esteves, Supervisora Pedagógica FEC Bafatá

De acordo com as pesquisas realizadas pela PLAN nas escolas e nas comunidades de Bafatá, os dados revelaram que o castigo corporal, a violência entre os alunos e a violência sexual fazem parte da realidade das crianças.
Esses tipos de violência têm consequências negativas para o desenvolvimento bio-psíquico e social das crianças e más repercussões no processo de ensino-aprendizagem, como a diminuição da capacidade motora, do desenvolvimento cognitivo e as dificuldades de concentração. A violência causa desequilíbrios psicológicos, emocionais e traumas que podem baixar a auto-estima e a autoconfiança das crianças.
A pesquisa aponta para o facto de os professores não estarem preparados para lidar com a questão da disciplina na sala de aula sem utilizar a antiga técnica de violência – bater nas crianças, castigá-las, reprimi-las, punir com gestos, mandar um colega bater ou humilhar quando não sabem uma questão.
A Guiné-Bissau tem como uma das metas a atingir até 2015 a universalização da escola básica ou seja, dar uma educação básica de qualidade para todos sem distinção da raça, classe social, sexo, etc. Assim como garantir a permanência das crianças na escola.
Algumas situações como a não inclusão de temas sobre a violência nos currículos de formação de professores e a falta de sensibilização dos agentes educativos (famílias e comunidades) dificultam a realização desse objectivo, uma vez que o problema contribui para o aumento da taxa de evasão, repetências e abandono escolar, pois as crianças acabam por perder o estímulo para aprender e consequentemente a vontade de ir à escola.
Desta feita, a Plan decidiu lançar o projecto “Pedagogia Positiva Para Aprender Sem Medo” em parceria com a FEC- Fundação Evangelização e culturas que visa formar diferentes agentes educativos: Equipa técnica Regional de Bafatá, 25 Orientadores de práticas Pedagógicas e 8 Coordenadores de Círculos de Comissões de Estudos da Região de Bafatá. Esses por sua vez vão formar professores abrangendo 273 escolas comunitárias durante um ano lectivo (10 meses).
Espera-se que esses agentes educativos sejam capazes de identificar, prevenir e gerir situações de violência em meio escolar e comunitário por intermédio de um conhecimento reflexivo e crítico, promovendo assim a disciplina positiva nas escolas e reduzir a violência na região de Bafatá.
Durante todo o ano lectivo será passado um spot radiofónico para sensibilizar os agentes educativos sobre a questão da violência em relação às crianças.
Como resultado teremos (assim o esperamos) uma diminuição de situações de abuso perante os menores, a diminuição da taxa de abandono escolar e aumento do sucesso escolar na região de Bafatá.

Diocese forma professores

O Sector da Educação da Diocese de Bissau reúne professores da rede escolar do Sector em Formação Educativa de 4 a 22 de Julho de 2011, em Bissau, no Liceu João XXIII. Os trabalhos foram distribuídos em três etapas: Educadores da Infância de 4 a 8 Julho, professores de ensino básico de 11 a 15 de Julho e ensino básico do 2º Circulo de 18 a 22 de Julho.
Segundo os organizadores, o objectivo fomentar intercambio na prática educativa, buscando uniformizar os processos, de acordo com os objectivos preconizados nas instituições católicas de ensino na Guiné-Bissau. Segundo Antonieta da Companhia missionária do Coração de Jesus a proposta de trabalho resultou de um encontro promovido com os directores das escolas do sector de Bissau.
Na primeira etapa aos Educadores da Infância foram trabalhados temas como afectividade na educação, a Educação Ambiental, entre outros. Na segunda Etapa os participantes ouviram sobre a maneira de ensinar a língua portuguesa e as propostas de um melhor serviço, bem como o sistema de avaliação.

Bispo da Guiné-Bissau anima africanos em Portugal

“Obrigado pelo testemunho de fé que dão aqui em Portugal, neste momento tão delicado”. As palavras de Dom Pedro Zilli, Bispo de Bafata, foram ouvidas na missa da comunidade africana dos padres do Verbo Divino, no Terraço da Ponte em Lisboa, no dia 10 de Julho de 2011.
Para Dom Pedro, apesar da crise europeia, os africanos, na Europa não podem esquecer os seus países de origem. Por isso, aos padres africanos que trabalham em Portugal disse: “Ajudem o país a enfrentar com mais serenidade as suas dificuldades económicas e sociais, mas não vos esqueçais do apoio que cada um de vocês deve dar ao seu povo”. Guineenses, angolanos, moçambicanos, santomenses e cabo-verdianos animaram a festa, com a presença de vários missionários europeus enviados a missão na Guine -Bissau.
A missa marcou também a despedida de Dom Pedro que se encontrava em Portugal em tratamento. Por isso, o Bispo de Bafata agradeceu a comunidade tanto de Setúbal como de Lisboa pelo apoio da sua recuperação.

Padre termina missão

Padre Alberto João Baptista Guilherme termina presença missionária em Bissau, neste ano Pastoral de 2010/2011. A festa de despedida aconteceu neste domingo na Paróquia de São Francisco de Assis de Antula, em Bissau, onde trabalhou desde Março de 2005.
O padre veio a Guiné-Bissau no quadro da cooperação da “Missão Fidei Donum” entre a Diocese de Benguela (Angola), e a Diocese de Bissau (Guiné -Bissau). A missão foi fundada pelo padre Lino Tanga e o padre Alberto Kapingala, em 2004.
Padre Guilherme ocupou o cargo de pároco da Paróquia de São Francisco de Assis, em substituição do padre Lino Tanga em 2008. Actualmente a presença de Benguela na diocese de Bissau fica servida apenas pela presença do padre Quintino Kandandji, também da Diocese de Benguela.
O desempenho da sua presença missionária foi caracterizado com o acompanhamento do Escutismo Católico na Guiné- Bissau em fase de reestruturação, depois da viragem política do país, nos anos 90. O Escutismo Católico da Guiné-Bissau tem agora um novo assistente nacional padre Francelino António Nhaga que até então ocupava o cargo de Vice-Assistente nacional.

Apelo para ajudar Cacheu dá sinais positivos

Os fiéis quotizaram 1.013.900 FCA, para obras do Santuário de Cacheu, na Renúncia Quaresmal 2011, revelou o Economato da Diocese de Bissau. O valor, segundo o economo da diocese, ainda pode crescer porque das 24 paróquias apenas 10 fizeram chegar as suas contribuições.
Para o padre José Marques Henriques, ofm, reitor do Santuário, esta é uma grande ajuda porque vem de pessoas pobres e simples, sendo já um pequeno contributo. Porém, “para o que se quer precisamos de muito mais”, disse. Neste momento o Santuário precisa de um muro de vedação e estruturas mínimas de acolhimento como casas de banho e construir um deposito de água. O valor ainda não chega segundo o mercado nem para comprar um maquina electrobomba, porém já é um sinal.
Entre as paróquias que deram estão Antula, Bandin, Bissorã, Massoa, Suzana, Quinhamel, Cristo Redentor, Bor, Nhoma, Grupo Francofone, Cacheu, Grupo Anglofone, por ordem da quantificação. Espera-se que até a peregrinação de Cacheu as comunidades possam entregar a renúncia Quaresmal 2011 da Diocese de Bissau para ajudar nos trabalhos da edificação do Santuário.

Atenção a formação matrimonial

Os trabalhos de avaliação do Ano Pastoral 2010/2011 e de programação do Ano 2011/2012 na Diocese de Bissau concluíram na necessidade de incrementar a vida matrimonial.
Os relatórios das Paróquias e Missões foram unânimes em reconhecer que o “Bem Formar a Consciência Moral” da carta pastoral do bispo diocesano não é uma tarefa que se deva fazer em alguns meses.
Para incentivar uma maior resposta do testemunho cristão foi proposto ao itinerário catecumenal, um itinerário matrimonial, na caminhada cristã dos adultos. Segundo dom José Camnate, é preciso fazer atenção à condição de vida dos adultos que procuram o baptismo.